quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Crítica: Detona Ralph

Disney fica mais Pixar em filme sobre aceitação

Em 1991, quando a Disney comprou a Pixar de Steve Jobs, a produtora do rato orelhudo não esperava ter comprado um verdadeiro poço de dinheiro. 22 anos e 13 filmes depois, a famosa produtora resolve utilizar um pouco de sua compra em seus filmes, sendo o primeiro este Detona Ralph.
O filme, sob supervisão de ninguém menos que John Lasseter, conta a história de Ralph, vilão do "clássico" jogo Conserta Felix, e que está sofrendo uma crise de identidade. Afinal, como antagonista de Felix ele sempre é excluído das festas e tratado mal pelos habitantes do jogo. Em busca de algum reconhecimento, Ralph vai para outro jogo conseguir uma medalha, mas no processo libera algo que pode destruir todos os jogos do fliperama onde vive.
Além da história, cativante e convincente até o final, um dos grandes acertos da Disney é a aparição dos personagens clássicos de videogame, formando pequenos eastereggs durante o filme inteiro. Seja na reunião dos Vilões Anônimos (Com várias e várias participações e dubladores originais, tirando o fantasma do pac-man porque né) ou uma foto pequena da Chun-Li no bar, os gamers mais aficcionados vão ficar horas e horas revendo o filme quando este sair em DVD/Blu-Ray. As piadas para adultos também lotam o filme, como as estalactites de Mentos ou os códigos de Cheat.
A criação de cenários também merece um comentário. Apesar de se inspirarem em jogos conhecidos do grande público (Hero's Duty é claramente uma referência à bilionária franquia Call of Duty com traços de Halo), os três jogos criados aqui são aceitos de imediato pelo público e contém elementos próprios: Seja nos doces de Sugar Rush ou no 8-bit de Wreck-it-Ralph. E o mais interessante é a preocupação de tornar o movimento dos personagens, mesmo fora, semelhantes aos que eles apresentam no jogo, como os cidadãos de onde Ralph vive.
Apesar dos pontos positivos, Detona Ralph peca ao ficar em terreno conhecido, como a história de aceitação, já foi muito bem explorada em Hollywood, e videogame na tela, que já acontece há um tempinho. mesmo assim, a Disney acertou em cheio e mostrou como é possível trazer o videogame de maneira certa e divertida (Uma boa notícia para a Ubisoft, que está desbravando os terrenos cinematográficos para adaptar suas franquias), além de provar de uma vez por todas o óbvio: A Pixar foi a melhor compra da história.

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